quarta-feira, 12 de agosto de 2015


É, eu confesso que não é exatamente 
a realidade que eu esperava encontrar. 
Talvez isso mude. 
Talvez você entre na minha vida 
sem tocar a campainha 
e me sequestre de uma vez.
Talvez você pule esses três
ou quatro muros que nos separam
e segure a minha mão,
assim, ofegante, pra nunca mais soltar.
Talvez você ainda possa pular no rio e me salvar.
Ou talvez eu só precise de férias,
um porre
e um novo amor.
Porque no fundo,
eu sei que a realidade que eu sonhava
afundou num copo de cachaça
e virou utopia”.

(Caio Fernandes de Abreu)

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